Foto de Breno Brito |
Até breve, Rio!
F
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oram dias pra lá de
interessantes. Foram noites deliciosas. Foi uma viagem reveladora.
Dizem que o melhor da viagem é a volta pra casa. Para o meu
estilo de ser, ainda não o é. Ficaria
mais no Rio, ficaria mais tempo por aí. O que muitos cortejam eu não passo nem
perto...Quanto mais conforto, quanto mais estabilidade, maior é a acomodação
e o marasmo, maior é a vontade de ficar
em casa largada, alheia ao mundo aqui fora...e
menor a vontade de me arriscar a
sair por aí, “sem lenço, sem documento”, me jogando pra vida, pro mundo. O
famoso porto seguro,perseguido por tantos, não me fascina, ainda prefiro mares
revoltos. Isso me faz ativa, é a minha adrenalina. Faz parte da
minha natureza ser assim...o desapego foi se instalando muito cedo em mim, após perdas e perdas de pessoas queridas e de
tantas coisas, fazendo com que a minha vida tomasse outros rumos, outros
sentidos. Isso não significa que eu não tenha vínculos tampouco seja uma aventureira inconsequente. È que há muita
vida dentro de mim, muita vida aqui fora e isto me fascina por demais. E me
instiga sempre a me jogar de cabeça, com a alma e o coração pulsando com
fervorosa alegria e prazer desmedido.
Faltam ainda muitos lugares do Rio, do Brasil a serem explorados antes de eu
desvendar outros países... e terá de ser do meu jeito, “mochilando” por aí...
Mas voltando a falar da cidade maravilhosa, a cada vez que aqui
aterrisso, novas emoções, novos olhares, novas impressões, novas sensações se
instalam dentro de mim de forma arrebatadora, impactante.
Me emocionei aos pés do Cristo, me integrei ao verde do
Jardim Botânico, da Lagoa, da Vista
Chinesa, construção em estilo oriental
que fica a 380 metros de altura em meio à Floresta da Tijuca, descortinando uma
das mais bonitas vistas da cidade, tendo o Cristo, a Lagoa, o Pão de Açúcar e
as praias da zona Sul como pano de fundo.
Delirei ao ver Roberto Carlos passeando em uma Lanborghini
branca conversível pela orla, no final
do Leblon, acenando carismaticamente a todos;
Du Moscovis gravando um comercial, Luiza Brunet no Shopping de Ipanema
fazendo compras de cara lavada, Fernanda Montenegro de rasteirinha na Saraiva,
a tal Tessália, personagem de Avenida Brasil,
gravando um comercial da Nívea na praia, Falabella e a diva Marília Pêra
almoçando juntos no Mr. Lam, o chinês da
Lagoa.
Me impactei com a exposição das obras impressionistas no CCBB,
com o Museu da H.Stern na Garcia D’Àvila, com o CC dos Correios –Elis, Mário de
Andrade-Cartas do Modernismo, com o musical
Allô Dolly, no Oi Casagrande, Leblon, com Milton Nascimento e sua
voz; com a Lapa e seus encantos;com o Baixo Gávea e seu charme, com a grandiosidade do Hipódromo
e do Porcão, com o centro antigo do Rio, com a Confeitaria Colombo e seus
quitutes, com as novidades e cursos na área da estética, com a chegada triunfal
(e beeeeeem camuflada da pop star, Madonna) no Fasano; com Copacabana e seu fervor ( e suas lojas,
principalmente a de biquínis- liiindos!), com as butiques de Ipanema, com as
feiras na N.Sª da Paz, com a de S. Cristóvão, com a alegria contagiante dos
cariocas, com a galera do Arpoador, com a galera do hotel, com os bares e restaurantes de Ipanema, com o Pub na Maria Quitéria (onde nos
arrebentamos na pista ao som de um metal pesado e outros estilos mais amenos) ;
com a diversidade de gêneros na Farme de
Amoedo, com as pausas na livraria Café
com Letras, com o festival de blues e
jazz, com a galera que conheci,
energizante, totalmente demaaaiiiss!!!!
Amei conhecer novas e interessantes pessoas, adorei estar com os
amigos e com meu filho (este me fez uma baita surpresa, aparecendo de repente
pra me ver!!!), na praia sob sol
escaldante, de ver o nascer e o pôr do sol no Arpoador, de revisitar São Conrado
e o Joá, de comemorar o niver do Vinícius no restaurante da D. Rosa, de rever
meu mano Michel e também comemorar seu
niver no Siri da Barra; de tomar
café no Copa, andar de bike, “cair” na noite com Vinicius, Eduardo, Breno,
Raphael e meu filho, passear de madrugada no calçadão, tomando água de coco
- isso me remeteu às saídas pós bailes
em Cosmópolis quando pegávamos pão quentinho na padaria, de madrugada, aos
bandos, cantando e rindo muuuito...